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Sessão de cinema

Na próxima quarta-feira, dia 21 de Abril de 2009, vamos realizar uma sessão de cinema no auditório da nossa escola às 15h00.

Vamos passar o filme “The Great Sperm Race”. Para terem uma ideia:

Contamos com a vossa presença!

(Há gomas 😀 !)

Até lá

E SE DEPOIS EU QUISER TER MAIS FILHOS?

Esterilização. Quando eles e elas se arrependem

Revista Sábado                                                                                                                             04.02.2010

Segundo a Dr.ª. Isabel Torgal, Directora do Serviço de Ginecologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, “Cerca de 60% das esterilizações transformam-se em arrependimento. Uma nova relação é quase sempre a principal causa, mas há quem o sinta devido á morte de um filho.

São as mulheres que mais lamentam ter de tomar uma decisão do género, afirma a Dr.ª “ o número de vasectomias é muito inferior ao de laqueações de trompas

Tomemos o exemplo do João:

Médico de 38 anos, com duas filhas, que no ano de 1992, resolveu fazer uma vasectomia – pequeno corte no escroto que impede os espermatozóides de serem expulsos pela ejaculação.

Passados uns anos, João decidiu ter filhos novamente e, escolheu por isso a fertilização in vitro – técnica de reprodução assistida em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide num proveta.

Esta é a solução que, actualmente, é mais procurada por ambos os sexos, que até agora recorreram a processos de esterilização. Isto porque a segunda opção seria a reversão cirúrgica – técnica que possibilitaria recuperar a fertilidade normal de um indivíduo, mas que nem sempre é medicamente possível.

Adverte a especialista que “ a FIV, acaba por ser a intervenção mais adequada, já que esta é uma técnica não invasiva e com maior probabilidade de sucesso”. No caso dos homens, “a reversão, além de ser um processo médico bem mais complicado, é também muito mais caro.”

O maior medo dos que recorrerem a processos de esterilização, segundo João é “ficarem impotentes ou perderem a virilidade”. Acrescenta também, que muitos dos homens que tomam este tipo de decisão já recorrem é criopreservação de esperma. Deste modo, se tiverem o desejo de voltar a ter filhos, o esperma pode ser utilizado numa FIV, sem que seja necessária uma biopsia testicular.

No caso das mulheres, a idade influência muito a taxa de sucesso do tratamento.

Alguns Mitos sobre a Infertilidade

  1. A Infertilidade é um problema da mulher

Este mito,apesar de existir há séculos, ainda perdura nos dias de hoje. A mulher ao longo da história sempre foi “o bode expiatório” para os problemas de concepção.

Actualmente sabe-se que no que diz respeito à infertilidade, aproximadamente 40 % dos problemas derivam das mulheres, 40% dos homens e os restantes 20% devem-se a ambos os elementos do casal ou a factores desconhecidos.

Causas para a infertilidade masculina incluem:

  • anomalias congénitas nos testículos
  • ausência da produção de espermatozóides
  • produção de um baixo número de espermatozóides
  • Deficiência na mobilidade dos espermatozóides

Causas para a infertilidade feminina incluem:

  • Ausência de produção de oócitos ou da ocorrência da ovulação
  • obstrução/alteração das trompas
  • Infecções das vias genitais
  • muco cervical desfavorável ao movimento dos espermatozóides

2.  A Maioria das pessoas engravida com muita facilidade

A infertilidade é um problema que, só nos Estados Unidos, afecta 7,3 milhões de pessoas. Em Portugal, 9 a 10 % dos casais são inférteis. A Infertilidade é a incapacidade de conceber um bebé no espaço de um ano de prática de relações sexuais desprotegidas, e afecta um em cada seis casais.

3  . A infertilidade é psicológica. Se as pessoas relaxarem, vão conseguir engravidar.

A Infertilidade é um problema de saúde a nível do sistema reprodutor. Causas externas como  o stress, podem influenciar negativamente a fertilidade, mas nao causam a sua perda. Aconselhar casais a descansar e relaxar não os ajuda, pelo contrário.

4. A única solução eticamente correcta para a infertilidade é a adopção. É muito mais barata que os tratamentos para a infertilidade e é egoísmo recorrer a tal , quando há tantas crianças necessitadas.

A necessidade biológica de conceber por vezes é muito forte e os processos de adopção actualmente consomem muito tempo, dinheiro e podem ser emocionalmente desgastantes. Por isso, estes tratamentos são cada vez mais aliciantes e menos invasivos psicologicamente.

5. Os tratamentos de infertilidade resultam sempre em gravidezes múltiplas

A maioria dos tratamentos de infertilidade resultam na concepção de um único bebé saudável, contudo, um efeito secundário de um tratamento de infertilidade é, de facto, a ocorrência de gravidezes múltiplas.

O risco de ocorrer gravidezes múltiplas varia consoante o tratamento adoptado e tal situação deve ser discutida com o médico. Por exemplo, inseminações intra-uterinas e fertilizações in-vitro são tratamentos que potenciam a formação de mais do que um embrião, levando ao nascimento de vários bebés.

6.  Pessoas que conceberam no passado, não terão problemas de infertilidade no futuro

De acordo com alguns estudos feitos, mais de um milhão de casais vivencia uma “infertilidade secundária”. Por exemplo, um elemento que é fértil pode tentar conceber novamente com outro parceiro, ou um parceiro de uma relação pode ter desenvolvido um problema de infetilidade desde que conceberam o útlimo filho ( por exemplo, endometriose, obstrução de trompas, diminuição do número de espermatozóides). Outros factores podem envolver a idade, exposição a factores externos (tabaco, radiações) ou alterações hormonais.

9. Os tratamentos de infertilidade requerem tecnologias muito avançadas

A maioria destes tratamentos baseia-se em terapias convencionais, como por exmplo, recurso a medicação ou cirurgia com o objectivo de corrigir algum órgão reprodutor. Para mulheres que têm as trompas obstruídas ou homens que tenham uma baixa contagem de espermatozóides, a fertilização in vitro apesar de ser uma opção bastante viável, representa apenas 5 % dos tratamentos de infertilidade utilizados.

10. A crioconservação de oócitos só é útil para as mulheres que têm cancro

A crioconservação é uma opção a considerar por todas as mulheres que estejam preocupadas com as suas possibilidades futuras de concepção . Qualquer mulher que queira salvaguardar as suas hipóteses de algum dia poder engravidar, pode recorrer a este método para preservar os seus gâmetas e usá-los no futuro.

O Primeiro Bebé Proveta

Louise Joy Brown, filha de Leslie Brown e John Brown, é o primeiro bebé proveta alguma vez nascido no mundo.

Concebida pelo embrio-logista Robert Edwards e o ginecologista Patrick Steptoe, Louise nasceu na madrugada de 25 de Julho de 1978 em Manchester, Inglaterra. A pequena recém-nascida gerou a confusão no Hospital Geral de Oldham, por ser o fruto de uma tecnologia revolucionária, nunca antes utilizada com sucesso em seres humanos, a fertilização in vitro.

Só foi possível Leslie engravidar à quinquagésima vez, mostrando o quão dispendioso e difícil foi a concepção de Louise. Apesar de tudo isto, a fertilização in vitro é um procedimento que tem vindo a desenvolver-se muito desde então, sendo hoje um dos mais utilizados na reprodução medicamente assistida.

O nascimento de Louise gerou um grande alvoroço no meio científico, por ser o sucesso de uma pesquisa científica que se iniciou em 1966, e também no público em geral pois este acontecimento para além de dar esperança aos casais inférteis levantaria muitas questões éticas a ser respondidas nos anos vindouros. Este acontecimento abriu novas portas à investigação científica, tanto na área da medicina como na área da genética e mostrou mais uma vez ao ser humano, o seu poder de controlo sobre as condições que o rodeiam. A maior investigação científica feita nesta área, após o nascimento de Louise, levou a que as técnicas fossem desenvolvidas de tal forma que o acesso ao público tornou-se quase comum, apesar de ainda ser um pouco dispendioso. Surgiram clínicas especializadas privadas e públicas.

Em Portugal, a técnica de fertilização in vitro surgiu três anos após o nascimento de Louise, em 1981. Inicialmente era cara de mais para ser acedida pelo cidadão comum, mas acabou por ser disponibilizada no Serviço Nacional de Saúde. Inicialmente, uma vez que o público não se encontrava informado das técnicas de reprodução assistida, não havia muita recorrência a este ramo da medicina. No entanto, com o passar dos anos, estes procedimentos começaram a ter um carácter rotineiro na nossa sociedade, pois o houve um acesso mais facilitado à informação e os casos de infertilidade começaram a ser mais expostos face a uma perca de preconceitos associados.

O primeiro bebé-proveta português nasceu a 25 de Fevereiro de 1986 às 13h30m. Carlos Miguel Saleiro nasceu no Hospital de Santa Maria, em Lisboa e actualmente é futebolista no Sporting. Foi o médico Pereira Coelho genecologista/obstrecta, que tornou possível o nascimento de Carlos.

Com a popularização dos procedimentos de reprodução assistida, começaram a surgir cada vez mais clínicas de infertilidade privadas, pois a procura destes serviços cresceu bastante nos últimos vinte anos. As listas de espera no Serviço Nacional de Saúde também cresceram, tornando-se intermináveis e mantendo-se nesse mesmo estado. Isto leva-nos a crer que a resposta por este sector aos casais inférteis portugueses, não é suficiente, levando a que estes recorram às clínicas privadas, que como não têm comparticipação do estado, levam a que apenas uma minoria dos casais inférteis tenham acesso às técnicas.

Louise Brown, ao meio, e os seus pais

Kisspeptina: Uma cura viável?

Estudos recentes apontam para a possibilidade da hormona Kisspeptina poder desempanhar um papel importante na cura da infertilidade. Um grupo de cientistas liderado pelo Dr. Waljit Dhillo, mostrou que a injecção desta hormna em mulheres pode activar a libertação de hormonas sexuais que controlam o ciclo menstrual.

Esta nova descoberta pode ser uma boa opção para mulheres cujos problemas de infertilidade resultam das baixas concentrações de hormonas sexuais.

A Kisspeptina é uma proteína do gene KISS-1, e é uma importante reguladora da função reprodutora.

Verifica-se que  animais e humanos que não possuam esta hormona não passam pela puberdade e mantêm-se sexualmente imaturos. Estudos anteriores revelaram que esta hormona, quando inserida em mulheres férteis, estimulava a produção de hormonas sexuais. A pesquisa agora alargou-se a mulheres cujos ciclos sexuais cessaram devido ao desequilíbrio entre essas mesmas hormonas.

No estudo efectuado, num grupo de dez mulheres que não menstruavam e eram inférteis, 5 foram injectadas com a Kisspeptina enquanto que as outras serviram de grupo de controlo. Em seguida, foram retiradas amostras de sangue e medidos os valores de LH e FSH, hormonas fundamentais para a ovulação. Verificou-se que a Kisspeptina levou a um aumento significativo destas hormonas em relação ao grupo de controlo.

Este é o primeiro estudo que revela que a Kisspeptina pode estimular a libertação de hormonas sexuais, apresentando-a como um potencial tratamento da infertilidade.

O investigador Waljit Dhillo reforçou que a Kisspeptina é bastante promissora no tratamento da infertilidade e que agora se sabe que esta proteína estimula a libertação de hormonas sexuais em mulheres saudáveis. A extensão da investigação mostra agora também que o mesmo se aplica a mulheres inférteis.  Verifica-se ainda que o aumento de hormonas sexuais por acção da Kisspeptina é maior nas mulheres que não menstruam do que nas mulheres férteis. A kisspeptina, pode então, restaurar as funções reprodutivas em mulheres com baixa concentração hormonal. O investigador afirmou ainda que os estudos iriam agora dirigir-se no sentido de compreender qual a forma mais adequada de administrar esta hormona.

Fonte: Science Daily

Descoberto gene que pode levar à pílula masculina

Uma anormalidade genética, recentemente descoberta, e que se encontra associada à Infertilidade masculina, pode ser a chave para o desenvolvimento de um contraceptivo masculino, de acordo com investigadores da Universidade de Iowa.

Actualmente, os únicos contraceptivos disponíveis par aos homens, são a vasectomia e o preservativo. Apesar das pílulas femininas já existirem há cerca de 40 anos, o difícil controlo da regulação hormonal masculina revelou-se até hoje um obstáculo na produção de uma pílula masculina.

Os Investigadores Michael Hildebrand e  Lucille A. Carver, identfificaram o gene CATSPER1 como estando envolvido na infertilidade masculina. Esta descoberta pode, não só abrir as portas para a cura da infertilidade através da terapia génica ( com substituição deste gene ou da proteína que produz) como também ter implicações a nível da síntese de um novo contraceptivo masculino.

Esta investigação, levada a cabo por vários grupos científicos, que incluíram uma universidade noTeerão (Irão), possibilitou a descoberta deste gene através do estudo do genoma de várias famílias iranianas- uma população com elevadas taxas de doenças genéticas.

Embora esta investigação estivesse direccionada à descoberta de genes que causassem a surdez, a recolha de dados genéticos destas famílias permitiu identificar duas famílias que possuíam problemas de infertilidade e que não estavam associadas a nenhum síndrome. A infertilidade, neste caso, foi detectada a  partir da análise do sémen dos homens.

Concentrando as atenções nos genes que se pensavam ser causadores da infertilidade, descobriu-se que as mutações em ambas as famílias ocorriam apenas num único gene, o CATSPER1. Análises ao DNA revelaram duas mutações diferentes em ambas as famílias,  que afectavam o mesmo gene e que conduziam à produção de uma proteína não funcional ou simplesmente de nenhuma proteína. Nenhuma mutação foi encontrada nos 576 iranianos que serviram como amostra de controlo.

Estudos levados a cabo em Harvard, utilizando ratos que não possuíam o CATSPER1 revelaram como o esperma é afectado na ausência da proteína ou na sua não-funcionalidade. Os estudos também revelaram que, no caso desta mutação ocorrer, a mobilidade dos espermatozóides é seriamente afectada, principalmente  os movimentos mais vigorosos necessários à penetração do oócito II.

Hildebrand disse que  nos ratos que não possuíam o gene CATSPER1, o efeito era o mesmo que nos humanos que possuíam a mutação nesse gene, sendo que a actividade dos espermatozóides é comprometida. Afirma ainda que a idetificação de genes como o  CATSPER1 envolvidos na fertilidade e que actuam especificamente sobre os espermatozóides proporciona novos caminhos para um contraceptivo masculino farmacológico.

Várias tentativas para a síntese de um novo contraceptivo masculino estão a ser desenvolvidas. Uma tentativa que envolvesse o CATSPER1 poderia dizer respeito a um imunocontraceptivo ( contraceptivo que aproveita a resposta do sistema imunitário para prevenir a gravidez) em que são desenvolvidos anticorpos que bloqueiam a acção da proteína codificada pelo CATSPER1.

A Imunocontracepção é um novo conceito que ainda está em desenvolvimento e para ter sucesso, tem que ser eficaz, seguro e reversível

Fonte: Science Daily

No Less Than a Woman

Special Cases

Massive Attack – Special Cases

Infertilidade Feminina

A Infertilidade na actualidade – Factos Estatísticos

Normalmente, um casal que sofra de complicações a nível da fertilidade, tem ainda 85% de probabilidade de alcançar uma gravidez no espaço de um ano, no entanto 8% dos casais inférteis só conseguem uma gravidez decorridos 2 anos.

Desde a antiguidade, que a mulher é associada à temática da infertilidade, mas na verdade acontece que a frequência da mesma é igual em homens e em mulheres, verificando-se uma média de 30% em ambos os casos. Por vezes, a infertilidade acaba por ser um problema comum às duas partes do casal, o que acontece em 30% dos casos, por fim, os restantes 10% correspondem a casais onde não existem complicações passíveis de explicar a fertilidade reduzida – infertilidade idiopática.

No que toca às mulheres, muitas vezes os problemas de infertilidade têm origem no factor idade, isto é:

A mulher atinge o seu pico de fertilidade por volta dos 25 anos, embora existam enumeras gravidezes após os 30 anos de idade, acontece que a partir desse pico dá-se um decréscimo gradual da capacidade de engravidar até aos 35 anos. Após os 35 anos de idade, a fertilidade sofre um decréscimo bastante acentuado, chegando mesmo a atingir os 75% de probabilidades, o que se verifica ao atingir os 43 anos.

A probabilidade de ocorrer uma gravidez numa mulher de 35 anos é, aproximadamente, 50% da de uma mulher com apenas 20 anos, sofrendo um decréscimo para 10% ao atingir os 40 anos de idade.

No que diz respeito ao sexo masculino, os homens sofrem uma diminuição gradual da fertilidade até atingir os 40 anos, aproximadamente, após atingir esta idade, dá-se um decréscimo exponencial da mesma.